sábado, 13 de outubro de 2012

Eu não sei...

Abandonei meus textos e minha capacidade de escrever... Abandonei as ideias e o esforço do pensar... Abandonei a mim... e com certeza a você. Tudo isso para escapar do momento em que eu estou agora... socando toda a teoria da minha profissão garganta abaixo desesperado pra entupir meu cérebro, eu chego ao exato momento onde devo parar de fingir... Fingir que não me importo... Fingir que não me dói... Fingir que não é comigo... Fingir que não estou no fundo do poço, porque cá estou eu... destruído de novo. Cá estou eu precisando de ajuda, precisando de suporte, mas entocado no fundo da superficialidade, que aparentemente, nada consegue tocar. Não há arranhões, certo? Errado. E eu me pergunto o que devo fazer, e respondo que não sei... a mesma resposta que tenho ao te perguntar isso. Mas parece que está tudo bem, enquanto rirmos um do outro, enquanto o nosso sexo estiver intacto, enquanto nossos amigos disserem que somos lindos, enquanto eu fingir e me abandonar... está tudo bem, certo? Errado. É como se a mão que me foi estendida pra me tirar da morte, tenha me soltado em um penhasco ainda maior... foi como assistir meu herói virar o meu vilão. E cá estou eu... e você onde esteve? Por que não apagou as luzes ao sair? Por que deixou tantas vezes essa porta aberta, mesmo quando eu quis trancá-la? Por que? Como? Como você deixou de ser a minha boia pra se tornar a minha âncora?

Um comentário:

  1. Oh, the real world...
    É como diz a Rachel: Já passamos do fundo do poço. Tem o poço, tem o fundo dele, 10 metros de pura merda, e ali embaixo estamos nós.

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